“Nas
declarações proferidas, anteontem Nuno Crato sublinhou, que o corte nas
despesas do Estado não é suficiente para «pôr as contas [do país] em ordem» e
que ainda vão ser necessários mais alguns «sacrifícios», mas isso irá permitir
«transformar Portugal num país competitivo». «Teríamos de trabalhar mais de um
ano sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada só para
pagar a dívida», garantiu o ministro, sublinhando que não há forma de pôr a
economia a crescer «sem se sair primeiro deste beco».
Que ele
diga estas alarvidades já não estranhamos mas o que é triste nisto tudo é que
se tenha sequer lembrado de fazer contas para saber considerar essa
possibilidade. E, felizmente, esse cenário é impossível na sua totalidade, não
por razões morais que se lhe conheçam, mas porque iria precisar de quem
trabalha para gerar riqueza que paga a roubalheira. Muito provavelmente até
pensou que tinha encontrado a solução, corta-se na comida e transportes a todos
e num ápice resolvemos o problema, e terá sido um dos seus motoristas ou
lacaios que lhe deve ter chamado a atenção que quem não come morre e se morre
não pode trabalhar. Colocar sequer a questão, lembrar-se sequer da ideia é já
por si a demonstração da imbecilidade e falta de princípios deste personagem saído
de um qualquer inferno e para onde espero que volte rapidamente. Vá de retro
Demo Crato.”
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