“Um governo colaboracionista, que
não só obedece caninamente às forças de ocupação mas que quer ir ainda mais
longe, um governo que condena milhares ao desemprego ou a baixos salários,
que provoca fome e miséria, um governo que, numa única legislatura, quer dar
cabo de tudo o que levou 40 anos a construir, este governo já não deveria ter
sido corrido há muito?
A História repete-se. Há cerca de 90
anos muitos foram os que pensaram que os nazis não iriam longe demais. Mas eles
foram. Poucos foram os judeus que adivinharam o seu destino. Milhões morreram
nas câmaras de gás.
Os novos marechais Pétain em Portugal, na Grécia, em
Espanha, um pouco por toda a Europa, avançam, ganham terreno, ocupam ou deixam
ocupar territórios, envilecem, vendem-se, subjugam-se à führer Merkel e à sua fúria de mando.
Fomos atirados aos lobos. E, na
esperança de que eles aquietem, não nos mexemos, paralisados de medo.
Agachamo-nos. Fingimo-nos de mortos antes da morte certa.
Ah, e não me venham dizer, conversa
já gasta essa, que Passos foi eleito, que o governo é legítimo. Hitler também
foi eleito. E deu no que deu. As eleições não justificam tudo, a democracia nem
tudo encobre. Muito menos a ascensão e manutenção de perigosas seitas no poder”.
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